Um executivo chegou à noite numa cidade na qual teria um compromisso no dia seguinte.
Estava realmente com muita fome...
Não conseguiria dormir naquela situação.
Pediu uma sugestão a um taxista e foi a um restaurante localizado numa área de muito movimento na cidade.
Como já estava muito próximo do horário de fechamento da casa e não havia nenhuma mesa ocupada, o nosso executivo relutou um pouco em entrar.
Enquanto pensava, parado em frente à porta, foi abordado por um garçom que exibia um largo e espontâneo sorriso.
Realmente aquela acolhida foi surpreendente.
O garçom sugeriu uma mesa ao cliente numa área tranqüila e perguntou o que ele desejava comer.
O executivo respondeu que queria uma sopa.
Várias sugestões foram dadas, passando, inclusive informações sobre ingredientes, sabores, texturas, acompanhamentos, tudo de forma objetiva, agradável e educada.
Rapidamente o cliente escolheu uma opção, o garçom registrou o pedido e se retirou com agilidade para providenciar junto ao pessoal da cozinha.
Antes, porém, sugeriu um prato de entrada e um drinque para que o cliente aguardasse sua sopa agradavelmente.
A sopa estava realmente maravilhosa!!!
O sabor, aroma e temperatura adequada levaram o cliente a experimentar uma sensação muito boa e que ele não iria esquecer durante um bom tempo...
Ao terminar, o garçom tomou a iniciativa de oferecer uma sobremesa.
Várias opções foram expostas.
O entusiasmo do garçom era tão grande que o cliente sentiu vontade de provar todos os itens.
Depois de alguns minutos optou por uma sobremesa que era especialidade da casa....
Mais parecia um néctar de tão saborosa.
Pediu a conta, que foi providenciada com agilidade e precisão.
Antes de sair do restaurante, o cliente chamou o garçom a fim de elogiar sua competência, conhecimento, educação e facilidade no trato com pessoas.
Disse que jamais vira um atendimento de tão alto nível.
Falou ainda que não pensaria duas vezes antes de recomendar aquele restaurante a seus amigos e familiares.
Quando terminou de falar, o garçom agradeceu pelos elogios e perguntou se o cliente se incomodaria em reproduzir aqueles elogios para o gerente da casa.
Naturalmente o cliente disse que seria um prazer informar ao gerente tudo o que havia ocorrido.
Assim, dirigiu-se até um balcão próximo da porta principal e encontrou um sujeito de cabeça baixa.
Ao abordá-lo, relatou fielmente todos os elogios que fizera minutos atrás ao garçom.
À medida que falava, o homem demonstrava ficar triste, desapontado e balançava a cabeça com um ar de decepção...
Em determinado momento, o cliente questionou a postura do gerente:
- “Sinceramente não entendo a sua atitude como gerente. Estou elogiando um funcionário exemplar e o senhor parece desaprovar o que estou dizendo...”.
O homem levantou a cabeça e respondeu:
- “Meu senhor, ele não é garçom. Ele é o gerente do restaurante. O garçom sou eu. Ele me propôs que mudássemos de lugar hoje à noite para que eu tivesse oportunidade de aprender como se deve atender um cliente com qualidade...”
sábado, 16 de junho de 2007
quinta-feira, 14 de junho de 2007
O cliente que dorme em uma rede rasgada
Certo dia um consultor foi apresentar uma proposta de trabalho a um cliente em potencial.
Como já tinha havido uma reunião preliminar para levantamento de necessidades, uma semana antes, aquele contato parecia ser apenas uma etapa simples de acerto de valores e prazos, para que o serviço pudesse começar.
A sala do empresário não era muito grande.
Porém impressionava.
Temperatura agradável, som ambiente, um delicioso aroma amadeirado, móveis finos e uma quantidade impressionante de fotos e troféus.
- Amigo como vai? Estava esperando ansioso sua chegada... Sente-se.
Após uma recepção calorosa como essa, o consultor sentiu-se muito à vontade e tranquilo.
- Trouxe a proposta? Perguntou ele.
- Sim, inclusive estou muito motivado para desenvolver um trabalho de alto nível em sua empresa!, disse o consultor.
-Ótimo. É assim que eu quero mesmo! Disse o empresário.
O consultor passou a proposta para o cliente e começou a dar explicações técnicas a respeito das fases do trabalho, metodologia, resultados esperados e outros detalhes importantes.
Enquanto isso, o cliente folheava freneticamente as páginas da proposta, em buca de uma única informação...
Qual seria, meu caro leitor?
Ponto para quem respondeu "o preço!"
Assim que localizou o valor do serviço, o empresário fez um ar de espanto, arregalou, ou melhor, esbugalhou os olhos e interrompeu bruscamente o consultor, dizendo,
-Esse serviço está caro demais!
-Sua proposta está fora da realidade do mercado...
E prosseguiu seu protesto:
-A situação da minha empresa é desesperadora!
-Estou pensando em mudar de ramo!
-Não há mais chance de ganhar dinheiro com essa concorrência desleal.
-Preciso que você aplique um belo desconto nesta proposta, senão será impossível fecharmos negócio.
O consultor sabia que todo negociador precisará fazer algumas concessões para conseguir vender o serviço.
Assim sendo, aplicou um desconto de 10 por cento no valor final
-10%? Bradou o cliente
-Vou ser sincero com você amigo: Preciso demais do seu serviço, mas só posso pagar, se você me der um desconto de 40%!
-Quarenta por cento? Pensou o consultor. Esse valor é impossível...
Mas ele acabou caindo na ilusão de que aquele-seria-o-primeiro-de-muitos-trabalhos ou ainda vou-lhe-indicar-para-meus-amigos...
Fecharam negócio por um preço 40% menor.
-Parabéns, disse o empresário. Você é um grande negociador.
Quanta ironia...
E aproveitou para disparar a cartada final
-Só posso pagar em 3 parcelas, certo?
-Não dá, respondeu o consultor.
-Meu amigo, lembre-se da minha situação... Estou a ponto de dormir em uma rede rasgada!
-Não será por este pequeno detalhe que vamos deixar de ser parceiros, não é mesmo?
O consultor cedeu mais uma vez.
Naquele instante, entrou na sala o pai do empresário, perguntando:
-Filho, você pode trocar um cheque para mim?
-Claro pai!
O consultor viu passar por sobre sua cabeça um cheque e voltar vários maços de cédulas de R$ 100,00 novinhas oriundas de uma gaveta.
O cliente aproveitou para apresentar o consultor ao pai, dizendo que realmente a situação estava "caótica" para eles.
Ao sair da sala, o consultor estava com uma terrível sensação de que fora enganado por um esperto que tinha usado a surrada tática de "chorar miséria" na hora de negociar.
Ah sim! já ia esquecendo:
Após três meses de trabalho ele teve a certeza de que aquele foi um dos clientes mais complicados, exigentes e duros para pagar que ele já havia atendido.
As colunas sociais estão repletas dessa gente!
Como já tinha havido uma reunião preliminar para levantamento de necessidades, uma semana antes, aquele contato parecia ser apenas uma etapa simples de acerto de valores e prazos, para que o serviço pudesse começar.
A sala do empresário não era muito grande.
Porém impressionava.
Temperatura agradável, som ambiente, um delicioso aroma amadeirado, móveis finos e uma quantidade impressionante de fotos e troféus.
- Amigo como vai? Estava esperando ansioso sua chegada... Sente-se.
Após uma recepção calorosa como essa, o consultor sentiu-se muito à vontade e tranquilo.
- Trouxe a proposta? Perguntou ele.
- Sim, inclusive estou muito motivado para desenvolver um trabalho de alto nível em sua empresa!, disse o consultor.
-Ótimo. É assim que eu quero mesmo! Disse o empresário.
O consultor passou a proposta para o cliente e começou a dar explicações técnicas a respeito das fases do trabalho, metodologia, resultados esperados e outros detalhes importantes.
Enquanto isso, o cliente folheava freneticamente as páginas da proposta, em buca de uma única informação...
Qual seria, meu caro leitor?
Ponto para quem respondeu "o preço!"
Assim que localizou o valor do serviço, o empresário fez um ar de espanto, arregalou, ou melhor, esbugalhou os olhos e interrompeu bruscamente o consultor, dizendo,
-Esse serviço está caro demais!
-Sua proposta está fora da realidade do mercado...
E prosseguiu seu protesto:
-A situação da minha empresa é desesperadora!
-Estou pensando em mudar de ramo!
-Não há mais chance de ganhar dinheiro com essa concorrência desleal.
-Preciso que você aplique um belo desconto nesta proposta, senão será impossível fecharmos negócio.
O consultor sabia que todo negociador precisará fazer algumas concessões para conseguir vender o serviço.
Assim sendo, aplicou um desconto de 10 por cento no valor final
-10%? Bradou o cliente
-Vou ser sincero com você amigo: Preciso demais do seu serviço, mas só posso pagar, se você me der um desconto de 40%!
-Quarenta por cento? Pensou o consultor. Esse valor é impossível...
Mas ele acabou caindo na ilusão de que aquele-seria-o-primeiro-de-muitos-trabalhos ou ainda vou-lhe-indicar-para-meus-amigos...
Fecharam negócio por um preço 40% menor.
-Parabéns, disse o empresário. Você é um grande negociador.
Quanta ironia...
E aproveitou para disparar a cartada final
-Só posso pagar em 3 parcelas, certo?
-Não dá, respondeu o consultor.
-Meu amigo, lembre-se da minha situação... Estou a ponto de dormir em uma rede rasgada!
-Não será por este pequeno detalhe que vamos deixar de ser parceiros, não é mesmo?
O consultor cedeu mais uma vez.
Naquele instante, entrou na sala o pai do empresário, perguntando:
-Filho, você pode trocar um cheque para mim?
-Claro pai!
O consultor viu passar por sobre sua cabeça um cheque e voltar vários maços de cédulas de R$ 100,00 novinhas oriundas de uma gaveta.
O cliente aproveitou para apresentar o consultor ao pai, dizendo que realmente a situação estava "caótica" para eles.
Ao sair da sala, o consultor estava com uma terrível sensação de que fora enganado por um esperto que tinha usado a surrada tática de "chorar miséria" na hora de negociar.
Ah sim! já ia esquecendo:
Após três meses de trabalho ele teve a certeza de que aquele foi um dos clientes mais complicados, exigentes e duros para pagar que ele já havia atendido.
As colunas sociais estão repletas dessa gente!
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