É muito comum encontrarmos vendedores que costumam chamar o cliente de “amigo”
A intenção, logicamente, é a melhor possível
tratar bem as pessoas, buscando um contato amistoso
Mas nem sempre o cliente reage bem...
Um dia numa loja de autopeças aconteceu o seguinte diálogo:
Bom dia amigo, em que posso servi-lo?
Quero saber o preço do amortecedor traseiro do Gol ano 2001...
Amigo, temos uma promoção especial!
Peraí rapaz..., disse o cliente
Por que você insiste em me chamar de amigo?
Você, por acaso, me conhece?
Saiba que eu não tenho amigos!
Aliás, eu só tenho um:
Sou amigo é do meu dinheiro...
segunda-feira, 30 de julho de 2007
Deixe a velhinha falar!
Imagine a seguinte cena:
quinto dia útil do mês, numa grande agência bancária.
O banco acabou de abrir suas portas e suas dependências estão cheias de clientes.
Há um grande número de aposentados e pensionistas na fila.
O sofrimento da espera – mesmo para receber dinheiro – é imenso,
pois aquelas pessoas idosas costumam chegar muito cedo ao seu ritual mensal de saque do dinheirinho que os sustentará, sabe Deus como, pelos próximos dias.
Eis que chega a vez de uma velhinha ser atendida.
Muito humilde, ela retira um saco plástico de sua pequena e antiga bolsa e começa a desenrolá-lo a fim de tirar seu cartão magnético e carteira de identidade para entregar ao caixa.
Este, concentradíssimo, não esboça nenhuma reação.
Aliás, ele nem sequer olha para aquela idosa.
É possível que estivesse a pensar:
“Mais uma sofredora para atender.
Gostaria de trabalhar numa agência de shopping”.
Rapidamente ele passa o cartão na máquina, conta as cédulas e entrega com desdém R$ 380,00 à senhora.
O dinheiro estava novinho em folha, do jeito que saiu da Casa da Moeda.
Ela recolhe as cédulas e sai da fila imediatamente para guardar o dinheiro no saquinho plástico que ficará cuidadosamente escondido para evitar furtos.
Já longe do caixa uns 20 metros, a pensionista teve um susto:
“Meu Deus! Ele me deu um valor errado!
E agora? Vou lá mostrar”
Antes, porém, contou o dinheiro umas três vezes para ter a certeza de que não havia se enganado.
Aproximar-se do caixa novamente foi uma dificuldade, tal era a imensa quantidade de pessoas que se espremiam na fila.
Quando finalmente conseguiu, ela pacientemente aguardou o caixa atender o cliente que estava na vez.
Concluido o atendimento, ele acionou o alarme de chamada do próximo, sem dar a mínima atenção para a senhora franzina que esperava...
“Próximo!!!”
Gritou ele, resmungando um comentário do tipo “parece que esse povo dorme na fila!”
Quando percebeu que não ia receber nenhuma atenção, a velhinha abriu a boca:
“Moço, por favor”
“Diga” respondeu ele.
Meu benefício mensal é de 380 reais e o senhor me deu um valor errado.
Quando o bancário ouviu a última palavra ser pronunciada transtornou-se.
“O problema não é meu, senhora.”
“É seu!”
“Não tenho nada a ver com isso.”
“Não tenho culpa se as pessoas não sabem conferir os valores que recebem.”
“Saiu do caixa e foi parar em suas mãos.”
“O prejuízo é seu” – disse ele em voz alta, chamando a atenção das pessoas que estavam em volta.
A velhinha esperou que ele terminasse de falar e disse:
“Moço, só voltei porque tenho certeza de que está errado.”
“Tome, confira você mesmo...”.
Ele balançou a cabeça em sinal negativo e disparou:
“não tenho nada a fazer. Aliás a senhora não percebeu que está atrasando o atendimento aos outros aposentados?”
Ao sentir que ele realmente não estava disposto a dialogar, ela disse:
“Você me deu R$ 20,00 a mais.”
“Olhe só como as notas novas grudam umas nas outras!.”
“Vim aqui lhe devolver por que só quero aquilo que me pertence.”
“Tome, senão quem vai ficar com prejuízo é você...”
Depois de ouvir as palavras da velhinha, o caixa parou o atendimento, saiu do guichê, deu-lhe um abraço e se derramou em pedidos de desculpas...
Essa lição ele jamais esquecerá.
quinto dia útil do mês, numa grande agência bancária.
O banco acabou de abrir suas portas e suas dependências estão cheias de clientes.
Há um grande número de aposentados e pensionistas na fila.
O sofrimento da espera – mesmo para receber dinheiro – é imenso,
pois aquelas pessoas idosas costumam chegar muito cedo ao seu ritual mensal de saque do dinheirinho que os sustentará, sabe Deus como, pelos próximos dias.
Eis que chega a vez de uma velhinha ser atendida.
Muito humilde, ela retira um saco plástico de sua pequena e antiga bolsa e começa a desenrolá-lo a fim de tirar seu cartão magnético e carteira de identidade para entregar ao caixa.
Este, concentradíssimo, não esboça nenhuma reação.
Aliás, ele nem sequer olha para aquela idosa.
É possível que estivesse a pensar:
“Mais uma sofredora para atender.
Gostaria de trabalhar numa agência de shopping”.
Rapidamente ele passa o cartão na máquina, conta as cédulas e entrega com desdém R$ 380,00 à senhora.
O dinheiro estava novinho em folha, do jeito que saiu da Casa da Moeda.
Ela recolhe as cédulas e sai da fila imediatamente para guardar o dinheiro no saquinho plástico que ficará cuidadosamente escondido para evitar furtos.
Já longe do caixa uns 20 metros, a pensionista teve um susto:
“Meu Deus! Ele me deu um valor errado!
E agora? Vou lá mostrar”
Antes, porém, contou o dinheiro umas três vezes para ter a certeza de que não havia se enganado.
Aproximar-se do caixa novamente foi uma dificuldade, tal era a imensa quantidade de pessoas que se espremiam na fila.
Quando finalmente conseguiu, ela pacientemente aguardou o caixa atender o cliente que estava na vez.
Concluido o atendimento, ele acionou o alarme de chamada do próximo, sem dar a mínima atenção para a senhora franzina que esperava...
“Próximo!!!”
Gritou ele, resmungando um comentário do tipo “parece que esse povo dorme na fila!”
Quando percebeu que não ia receber nenhuma atenção, a velhinha abriu a boca:
“Moço, por favor”
“Diga” respondeu ele.
Meu benefício mensal é de 380 reais e o senhor me deu um valor errado.
Quando o bancário ouviu a última palavra ser pronunciada transtornou-se.
“O problema não é meu, senhora.”
“É seu!”
“Não tenho nada a ver com isso.”
“Não tenho culpa se as pessoas não sabem conferir os valores que recebem.”
“Saiu do caixa e foi parar em suas mãos.”
“O prejuízo é seu” – disse ele em voz alta, chamando a atenção das pessoas que estavam em volta.
A velhinha esperou que ele terminasse de falar e disse:
“Moço, só voltei porque tenho certeza de que está errado.”
“Tome, confira você mesmo...”.
Ele balançou a cabeça em sinal negativo e disparou:
“não tenho nada a fazer. Aliás a senhora não percebeu que está atrasando o atendimento aos outros aposentados?”
Ao sentir que ele realmente não estava disposto a dialogar, ela disse:
“Você me deu R$ 20,00 a mais.”
“Olhe só como as notas novas grudam umas nas outras!.”
“Vim aqui lhe devolver por que só quero aquilo que me pertence.”
“Tome, senão quem vai ficar com prejuízo é você...”
Depois de ouvir as palavras da velhinha, o caixa parou o atendimento, saiu do guichê, deu-lhe um abraço e se derramou em pedidos de desculpas...
Essa lição ele jamais esquecerá.
sábado, 16 de junho de 2007
Uma noite especial
Um executivo chegou à noite numa cidade na qual teria um compromisso no dia seguinte.
Estava realmente com muita fome...
Não conseguiria dormir naquela situação.
Pediu uma sugestão a um taxista e foi a um restaurante localizado numa área de muito movimento na cidade.
Como já estava muito próximo do horário de fechamento da casa e não havia nenhuma mesa ocupada, o nosso executivo relutou um pouco em entrar.
Enquanto pensava, parado em frente à porta, foi abordado por um garçom que exibia um largo e espontâneo sorriso.
Realmente aquela acolhida foi surpreendente.
O garçom sugeriu uma mesa ao cliente numa área tranqüila e perguntou o que ele desejava comer.
O executivo respondeu que queria uma sopa.
Várias sugestões foram dadas, passando, inclusive informações sobre ingredientes, sabores, texturas, acompanhamentos, tudo de forma objetiva, agradável e educada.
Rapidamente o cliente escolheu uma opção, o garçom registrou o pedido e se retirou com agilidade para providenciar junto ao pessoal da cozinha.
Antes, porém, sugeriu um prato de entrada e um drinque para que o cliente aguardasse sua sopa agradavelmente.
A sopa estava realmente maravilhosa!!!
O sabor, aroma e temperatura adequada levaram o cliente a experimentar uma sensação muito boa e que ele não iria esquecer durante um bom tempo...
Ao terminar, o garçom tomou a iniciativa de oferecer uma sobremesa.
Várias opções foram expostas.
O entusiasmo do garçom era tão grande que o cliente sentiu vontade de provar todos os itens.
Depois de alguns minutos optou por uma sobremesa que era especialidade da casa....
Mais parecia um néctar de tão saborosa.
Pediu a conta, que foi providenciada com agilidade e precisão.
Antes de sair do restaurante, o cliente chamou o garçom a fim de elogiar sua competência, conhecimento, educação e facilidade no trato com pessoas.
Disse que jamais vira um atendimento de tão alto nível.
Falou ainda que não pensaria duas vezes antes de recomendar aquele restaurante a seus amigos e familiares.
Quando terminou de falar, o garçom agradeceu pelos elogios e perguntou se o cliente se incomodaria em reproduzir aqueles elogios para o gerente da casa.
Naturalmente o cliente disse que seria um prazer informar ao gerente tudo o que havia ocorrido.
Assim, dirigiu-se até um balcão próximo da porta principal e encontrou um sujeito de cabeça baixa.
Ao abordá-lo, relatou fielmente todos os elogios que fizera minutos atrás ao garçom.
À medida que falava, o homem demonstrava ficar triste, desapontado e balançava a cabeça com um ar de decepção...
Em determinado momento, o cliente questionou a postura do gerente:
- “Sinceramente não entendo a sua atitude como gerente. Estou elogiando um funcionário exemplar e o senhor parece desaprovar o que estou dizendo...”.
O homem levantou a cabeça e respondeu:
- “Meu senhor, ele não é garçom. Ele é o gerente do restaurante. O garçom sou eu. Ele me propôs que mudássemos de lugar hoje à noite para que eu tivesse oportunidade de aprender como se deve atender um cliente com qualidade...”
Estava realmente com muita fome...
Não conseguiria dormir naquela situação.
Pediu uma sugestão a um taxista e foi a um restaurante localizado numa área de muito movimento na cidade.
Como já estava muito próximo do horário de fechamento da casa e não havia nenhuma mesa ocupada, o nosso executivo relutou um pouco em entrar.
Enquanto pensava, parado em frente à porta, foi abordado por um garçom que exibia um largo e espontâneo sorriso.
Realmente aquela acolhida foi surpreendente.
O garçom sugeriu uma mesa ao cliente numa área tranqüila e perguntou o que ele desejava comer.
O executivo respondeu que queria uma sopa.
Várias sugestões foram dadas, passando, inclusive informações sobre ingredientes, sabores, texturas, acompanhamentos, tudo de forma objetiva, agradável e educada.
Rapidamente o cliente escolheu uma opção, o garçom registrou o pedido e se retirou com agilidade para providenciar junto ao pessoal da cozinha.
Antes, porém, sugeriu um prato de entrada e um drinque para que o cliente aguardasse sua sopa agradavelmente.
A sopa estava realmente maravilhosa!!!
O sabor, aroma e temperatura adequada levaram o cliente a experimentar uma sensação muito boa e que ele não iria esquecer durante um bom tempo...
Ao terminar, o garçom tomou a iniciativa de oferecer uma sobremesa.
Várias opções foram expostas.
O entusiasmo do garçom era tão grande que o cliente sentiu vontade de provar todos os itens.
Depois de alguns minutos optou por uma sobremesa que era especialidade da casa....
Mais parecia um néctar de tão saborosa.
Pediu a conta, que foi providenciada com agilidade e precisão.
Antes de sair do restaurante, o cliente chamou o garçom a fim de elogiar sua competência, conhecimento, educação e facilidade no trato com pessoas.
Disse que jamais vira um atendimento de tão alto nível.
Falou ainda que não pensaria duas vezes antes de recomendar aquele restaurante a seus amigos e familiares.
Quando terminou de falar, o garçom agradeceu pelos elogios e perguntou se o cliente se incomodaria em reproduzir aqueles elogios para o gerente da casa.
Naturalmente o cliente disse que seria um prazer informar ao gerente tudo o que havia ocorrido.
Assim, dirigiu-se até um balcão próximo da porta principal e encontrou um sujeito de cabeça baixa.
Ao abordá-lo, relatou fielmente todos os elogios que fizera minutos atrás ao garçom.
À medida que falava, o homem demonstrava ficar triste, desapontado e balançava a cabeça com um ar de decepção...
Em determinado momento, o cliente questionou a postura do gerente:
- “Sinceramente não entendo a sua atitude como gerente. Estou elogiando um funcionário exemplar e o senhor parece desaprovar o que estou dizendo...”.
O homem levantou a cabeça e respondeu:
- “Meu senhor, ele não é garçom. Ele é o gerente do restaurante. O garçom sou eu. Ele me propôs que mudássemos de lugar hoje à noite para que eu tivesse oportunidade de aprender como se deve atender um cliente com qualidade...”
quinta-feira, 14 de junho de 2007
O cliente que dorme em uma rede rasgada
Certo dia um consultor foi apresentar uma proposta de trabalho a um cliente em potencial.
Como já tinha havido uma reunião preliminar para levantamento de necessidades, uma semana antes, aquele contato parecia ser apenas uma etapa simples de acerto de valores e prazos, para que o serviço pudesse começar.
A sala do empresário não era muito grande.
Porém impressionava.
Temperatura agradável, som ambiente, um delicioso aroma amadeirado, móveis finos e uma quantidade impressionante de fotos e troféus.
- Amigo como vai? Estava esperando ansioso sua chegada... Sente-se.
Após uma recepção calorosa como essa, o consultor sentiu-se muito à vontade e tranquilo.
- Trouxe a proposta? Perguntou ele.
- Sim, inclusive estou muito motivado para desenvolver um trabalho de alto nível em sua empresa!, disse o consultor.
-Ótimo. É assim que eu quero mesmo! Disse o empresário.
O consultor passou a proposta para o cliente e começou a dar explicações técnicas a respeito das fases do trabalho, metodologia, resultados esperados e outros detalhes importantes.
Enquanto isso, o cliente folheava freneticamente as páginas da proposta, em buca de uma única informação...
Qual seria, meu caro leitor?
Ponto para quem respondeu "o preço!"
Assim que localizou o valor do serviço, o empresário fez um ar de espanto, arregalou, ou melhor, esbugalhou os olhos e interrompeu bruscamente o consultor, dizendo,
-Esse serviço está caro demais!
-Sua proposta está fora da realidade do mercado...
E prosseguiu seu protesto:
-A situação da minha empresa é desesperadora!
-Estou pensando em mudar de ramo!
-Não há mais chance de ganhar dinheiro com essa concorrência desleal.
-Preciso que você aplique um belo desconto nesta proposta, senão será impossível fecharmos negócio.
O consultor sabia que todo negociador precisará fazer algumas concessões para conseguir vender o serviço.
Assim sendo, aplicou um desconto de 10 por cento no valor final
-10%? Bradou o cliente
-Vou ser sincero com você amigo: Preciso demais do seu serviço, mas só posso pagar, se você me der um desconto de 40%!
-Quarenta por cento? Pensou o consultor. Esse valor é impossível...
Mas ele acabou caindo na ilusão de que aquele-seria-o-primeiro-de-muitos-trabalhos ou ainda vou-lhe-indicar-para-meus-amigos...
Fecharam negócio por um preço 40% menor.
-Parabéns, disse o empresário. Você é um grande negociador.
Quanta ironia...
E aproveitou para disparar a cartada final
-Só posso pagar em 3 parcelas, certo?
-Não dá, respondeu o consultor.
-Meu amigo, lembre-se da minha situação... Estou a ponto de dormir em uma rede rasgada!
-Não será por este pequeno detalhe que vamos deixar de ser parceiros, não é mesmo?
O consultor cedeu mais uma vez.
Naquele instante, entrou na sala o pai do empresário, perguntando:
-Filho, você pode trocar um cheque para mim?
-Claro pai!
O consultor viu passar por sobre sua cabeça um cheque e voltar vários maços de cédulas de R$ 100,00 novinhas oriundas de uma gaveta.
O cliente aproveitou para apresentar o consultor ao pai, dizendo que realmente a situação estava "caótica" para eles.
Ao sair da sala, o consultor estava com uma terrível sensação de que fora enganado por um esperto que tinha usado a surrada tática de "chorar miséria" na hora de negociar.
Ah sim! já ia esquecendo:
Após três meses de trabalho ele teve a certeza de que aquele foi um dos clientes mais complicados, exigentes e duros para pagar que ele já havia atendido.
As colunas sociais estão repletas dessa gente!
Como já tinha havido uma reunião preliminar para levantamento de necessidades, uma semana antes, aquele contato parecia ser apenas uma etapa simples de acerto de valores e prazos, para que o serviço pudesse começar.
A sala do empresário não era muito grande.
Porém impressionava.
Temperatura agradável, som ambiente, um delicioso aroma amadeirado, móveis finos e uma quantidade impressionante de fotos e troféus.
- Amigo como vai? Estava esperando ansioso sua chegada... Sente-se.
Após uma recepção calorosa como essa, o consultor sentiu-se muito à vontade e tranquilo.
- Trouxe a proposta? Perguntou ele.
- Sim, inclusive estou muito motivado para desenvolver um trabalho de alto nível em sua empresa!, disse o consultor.
-Ótimo. É assim que eu quero mesmo! Disse o empresário.
O consultor passou a proposta para o cliente e começou a dar explicações técnicas a respeito das fases do trabalho, metodologia, resultados esperados e outros detalhes importantes.
Enquanto isso, o cliente folheava freneticamente as páginas da proposta, em buca de uma única informação...
Qual seria, meu caro leitor?
Ponto para quem respondeu "o preço!"
Assim que localizou o valor do serviço, o empresário fez um ar de espanto, arregalou, ou melhor, esbugalhou os olhos e interrompeu bruscamente o consultor, dizendo,
-Esse serviço está caro demais!
-Sua proposta está fora da realidade do mercado...
E prosseguiu seu protesto:
-A situação da minha empresa é desesperadora!
-Estou pensando em mudar de ramo!
-Não há mais chance de ganhar dinheiro com essa concorrência desleal.
-Preciso que você aplique um belo desconto nesta proposta, senão será impossível fecharmos negócio.
O consultor sabia que todo negociador precisará fazer algumas concessões para conseguir vender o serviço.
Assim sendo, aplicou um desconto de 10 por cento no valor final
-10%? Bradou o cliente
-Vou ser sincero com você amigo: Preciso demais do seu serviço, mas só posso pagar, se você me der um desconto de 40%!
-Quarenta por cento? Pensou o consultor. Esse valor é impossível...
Mas ele acabou caindo na ilusão de que aquele-seria-o-primeiro-de-muitos-trabalhos ou ainda vou-lhe-indicar-para-meus-amigos...
Fecharam negócio por um preço 40% menor.
-Parabéns, disse o empresário. Você é um grande negociador.
Quanta ironia...
E aproveitou para disparar a cartada final
-Só posso pagar em 3 parcelas, certo?
-Não dá, respondeu o consultor.
-Meu amigo, lembre-se da minha situação... Estou a ponto de dormir em uma rede rasgada!
-Não será por este pequeno detalhe que vamos deixar de ser parceiros, não é mesmo?
O consultor cedeu mais uma vez.
Naquele instante, entrou na sala o pai do empresário, perguntando:
-Filho, você pode trocar um cheque para mim?
-Claro pai!
O consultor viu passar por sobre sua cabeça um cheque e voltar vários maços de cédulas de R$ 100,00 novinhas oriundas de uma gaveta.
O cliente aproveitou para apresentar o consultor ao pai, dizendo que realmente a situação estava "caótica" para eles.
Ao sair da sala, o consultor estava com uma terrível sensação de que fora enganado por um esperto que tinha usado a surrada tática de "chorar miséria" na hora de negociar.
Ah sim! já ia esquecendo:
Após três meses de trabalho ele teve a certeza de que aquele foi um dos clientes mais complicados, exigentes e duros para pagar que ele já havia atendido.
As colunas sociais estão repletas dessa gente!
sábado, 26 de maio de 2007
Você sabe calcular 2+2 na HP 12c?
Em um processo seletivo para Gerente Financeiro de uma empresa de distribuição entra mais um candidato na sala de entrevistas.
O gerente de RH, experiente nesse tipo de atividade olha o candidato que acaba de se sentar à sua frente.
Seu currículo era impecável - tanto na aparência, quanto no conteúdo
Paletó preto, camisa azul claro, gravata vermelha, gel nos cabelos e uma altivez impressionante.
Sentou, ou melhor, refestelou-se na poltrona como se dissesse:
"Pode mandar qualquer questão, que eu respondo"
E veio a primeira pergunta:
"Quais os seus objetivos profissionais?"
A resposta veio direta:
"Como sou muito objetivo, vou resumir em uma palavra: crescer! Não admito outra alternativa em minha carreira a não ser crescer, e rápido"
"Cite 3 qualidades suas..." disparou o entrevistador
"Eficiência, eficácia e efetividade. Tenho muitas outras, mas já que o senhor só pediu três, fico nas básicas"
"Cite 3 pontos em que você precisa melhorar"
"Bem, essa é uma pergunta difícil de responder, pois me considero um profissional high perfomance"
"Entretanto, nunca deixo perguntas sem resposta."
"Os 3 pontos que preciso aprimorar são os seguintes:"
"Perfeccionismo - Talvez o meu maior defeito: procuro colocar perfeição em tudo que faço"
"O segundo é acreditar no ser humano"
"O terceiro é ter mais paciência com pessoas que não conseguem acompanhar meu ritmo de trabalho", disse o candidato, com um leve sorriso no canto da boca.
O entrevistador, então, fez uma outra pergunta:
"Você usa a calculadora HP 12c?"
"Mais é claro!!! Sem dúvida, um instrumento básico para profissionais da área financeira. Aliás, tenho várias HPs! Uma no carro, outra em casa, no escritório, sem falar do software que tenho em meu notebook."
Diante de tanta empáfia e autopromoção, o gerente de RH decidiu propor um desafio para o bossal de plantão.
"Já que você tem várias HPs, vamos a uma pequena simulação."
Abriu uma pequena gaveta, tirou uma calculadora HP 12c e, enquanto a pequena máquina deslizava sobre a superfície de granito da mesa, ele propôs o seguinte desafio:
"Imagine que um cliente tenha feito o parcelamento de um débito de R$ 25.000,00 em 12 vezes. Após o pagamento da terceira parcela, ele decidiu quitar o montante de uma só vez. Considerando a taxa Selic mensal, multa de 10% e encargos de 3% de financiamento, diga-me quanto ele deverá pagar"
O candidato sorriu, mudou de posição na poltrona, engoliu seco, pediu para ele repetir o problema e após alguns segundos de silêncio, disparou:
"Desculpe-me. Eu não sei usar a máquina"
A entrevista teve um ponto final ali. Tendo ele sido excluído da seleção.
A questão que fica é: qual o motivo da desclassificação?
O fato de não saber fazer 2+2 na HP 12c ou a mentira?
O gerente de RH, experiente nesse tipo de atividade olha o candidato que acaba de se sentar à sua frente.
Seu currículo era impecável - tanto na aparência, quanto no conteúdo
Paletó preto, camisa azul claro, gravata vermelha, gel nos cabelos e uma altivez impressionante.
Sentou, ou melhor, refestelou-se na poltrona como se dissesse:
"Pode mandar qualquer questão, que eu respondo"
E veio a primeira pergunta:
"Quais os seus objetivos profissionais?"
A resposta veio direta:
"Como sou muito objetivo, vou resumir em uma palavra: crescer! Não admito outra alternativa em minha carreira a não ser crescer, e rápido"
"Cite 3 qualidades suas..." disparou o entrevistador
"Eficiência, eficácia e efetividade. Tenho muitas outras, mas já que o senhor só pediu três, fico nas básicas"
"Cite 3 pontos em que você precisa melhorar"
"Bem, essa é uma pergunta difícil de responder, pois me considero um profissional high perfomance"
"Entretanto, nunca deixo perguntas sem resposta."
"Os 3 pontos que preciso aprimorar são os seguintes:"
"Perfeccionismo - Talvez o meu maior defeito: procuro colocar perfeição em tudo que faço"
"O segundo é acreditar no ser humano"
"O terceiro é ter mais paciência com pessoas que não conseguem acompanhar meu ritmo de trabalho", disse o candidato, com um leve sorriso no canto da boca.
O entrevistador, então, fez uma outra pergunta:
"Você usa a calculadora HP 12c?"
"Mais é claro!!! Sem dúvida, um instrumento básico para profissionais da área financeira. Aliás, tenho várias HPs! Uma no carro, outra em casa, no escritório, sem falar do software que tenho em meu notebook."
Diante de tanta empáfia e autopromoção, o gerente de RH decidiu propor um desafio para o bossal de plantão.
"Já que você tem várias HPs, vamos a uma pequena simulação."
Abriu uma pequena gaveta, tirou uma calculadora HP 12c e, enquanto a pequena máquina deslizava sobre a superfície de granito da mesa, ele propôs o seguinte desafio:
"Imagine que um cliente tenha feito o parcelamento de um débito de R$ 25.000,00 em 12 vezes. Após o pagamento da terceira parcela, ele decidiu quitar o montante de uma só vez. Considerando a taxa Selic mensal, multa de 10% e encargos de 3% de financiamento, diga-me quanto ele deverá pagar"
O candidato sorriu, mudou de posição na poltrona, engoliu seco, pediu para ele repetir o problema e após alguns segundos de silêncio, disparou:
"Desculpe-me. Eu não sei usar a máquina"
A entrevista teve um ponto final ali. Tendo ele sido excluído da seleção.
A questão que fica é: qual o motivo da desclassificação?
O fato de não saber fazer 2+2 na HP 12c ou a mentira?
quarta-feira, 9 de maio de 2007
Pontualidade radical é isso aí...
Quem já não chegou atrasado a um compromisso importante?
Dependendo da empresa, esta pode ser uma falha gravíssima...
Na convenção de uma famosa indústria, seus executivos de várias partes do país ficaram hospedados num espetacular resort.
Na manhã do dia seguinte à chegada dos participantes, estava agendada a primeira reunião de trabalho às 8 horas.
Pontualmente foi dado início à reunião, com a palavra do presidente da companhia.
Eis que às 8:25h a porta do salão de reuniões se abriu e entrou um executivo, de cabelos ainda molhados, sorridente, distribuindo cumprimentos para todos que encontrava pelo caminho...
O presidente o chamou e perguntou ao microfone:
- "O que o senhor veio fazer aqui?"
- " Vim para a reunião, presidente"
- " Qual reunião?" indagou o presidente
- " Essa!" disse ele, achando a pergunta sem sentido e a resposta óbvia.
- " Não senhor. Essa reunião começou desde as 8 da manhã. Portanto retire-se da sala, pois sua presença não se faz mais necessária".
Dependendo da empresa, esta pode ser uma falha gravíssima...
Na convenção de uma famosa indústria, seus executivos de várias partes do país ficaram hospedados num espetacular resort.
Na manhã do dia seguinte à chegada dos participantes, estava agendada a primeira reunião de trabalho às 8 horas.
Pontualmente foi dado início à reunião, com a palavra do presidente da companhia.
Eis que às 8:25h a porta do salão de reuniões se abriu e entrou um executivo, de cabelos ainda molhados, sorridente, distribuindo cumprimentos para todos que encontrava pelo caminho...
O presidente o chamou e perguntou ao microfone:
- "O que o senhor veio fazer aqui?"
- " Vim para a reunião, presidente"
- " Qual reunião?" indagou o presidente
- " Essa!" disse ele, achando a pergunta sem sentido e a resposta óbvia.
- " Não senhor. Essa reunião começou desde as 8 da manhã. Portanto retire-se da sala, pois sua presença não se faz mais necessária".
sábado, 5 de maio de 2007
A parceria Bacon & Eggs
Em um belo dia de sol a galinha foi procurar o porco.
- Olá meu querido, tudo bem?
- Sabia que você está cada vez mais bonito e saudável? Elogiou ela.
O porco, desconfiado com o súbito interesse da galinha preferiu ficar quieto...
A galinha o chamou num canto e disse baixinho:
- Descobri uma forma de ficarmos ricos e deixarmos esse sítio rapidinho. Será nossa independência!!!
- Como? perguntou o porco
- Através de uma parceria!!!
- Essa é a estratégia do monento, porco!
- Que parceira é essa? Perguntou ele, desconfiado.
- Simples: É a parceria B&C - bi end ci, in english, understand?.
- Ainda não entendi que negócio é esse... disse o porco
- É uma parceria para a produção de bacon and eggs - um prato que os americanos adoram comer no café da manhã.
- Mas galinha, o nível de colesterol desse prato é muito alto... alertou o porco.
- Que nada rapaz, deixe de bobagem!
- Vamos ganhar dinheiro...
- Tá bom.
- O que eu preciso fazer nesse negócio? quis saber o porco
- Quase nada: Basta fornecer o bacon, que eu forneço os ovos e tcharaaaammm!
- Nosso produto estará no mercado globalizado, porco!
- Tô fora, galinha...
- Mas porco, nós só temos a ganhar...
- Claro, mas só você vai ganhar...
- Isso não é parceria coisa nenhuma, disse o porco
- Por quê?
- Porque você vai por os ovos e ganhar dinheiro e eu vou precisar morrer para fornecer o bacon...
Qualquer semelhança com algumas "propostas" de parcerias que você recebe não será mera coincidência.
Cuidado para não virar o porquinho da estória!
- Olá meu querido, tudo bem?
- Sabia que você está cada vez mais bonito e saudável? Elogiou ela.
O porco, desconfiado com o súbito interesse da galinha preferiu ficar quieto...
A galinha o chamou num canto e disse baixinho:
- Descobri uma forma de ficarmos ricos e deixarmos esse sítio rapidinho. Será nossa independência!!!
- Como? perguntou o porco
- Através de uma parceria!!!
- Essa é a estratégia do monento, porco!
- Que parceira é essa? Perguntou ele, desconfiado.
- Simples: É a parceria B&C - bi end ci, in english, understand?.
- Ainda não entendi que negócio é esse... disse o porco
- É uma parceria para a produção de bacon and eggs - um prato que os americanos adoram comer no café da manhã.
- Mas galinha, o nível de colesterol desse prato é muito alto... alertou o porco.
- Que nada rapaz, deixe de bobagem!
- Vamos ganhar dinheiro...
- Tá bom.
- O que eu preciso fazer nesse negócio? quis saber o porco
- Quase nada: Basta fornecer o bacon, que eu forneço os ovos e tcharaaaammm!
- Nosso produto estará no mercado globalizado, porco!
- Tô fora, galinha...
- Mas porco, nós só temos a ganhar...
- Claro, mas só você vai ganhar...
- Isso não é parceria coisa nenhuma, disse o porco
- Por quê?
- Porque você vai por os ovos e ganhar dinheiro e eu vou precisar morrer para fornecer o bacon...
Qualquer semelhança com algumas "propostas" de parcerias que você recebe não será mera coincidência.
Cuidado para não virar o porquinho da estória!
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